Tem gente que, literalmente, não arreda pé do Parque do Agricultor durante a 33ª Festa Nacional do Colono. Duvida? Para encontrar o acampamento da festa, basta chegar ao pavilhão de exposição para encontrar, além de centenas de animais de diferentes raças, os seus criadores, que cuidam dos animais dia e noite, além de um grupo de alunos dispostos a ajudar no que for preciso.
Isac de Oliveira Rosa chegou na quarta-feira (22), antes mesmo do local ser aberto para o público e deverá ficar até a próxima segunda (27), depois da premiação do Torneio de Gado. Ele é responsável por 12 cabeças de gado da raça Nelore e está acostumado a ficar longe de casa e dormir bem próximo dos animais em eventos agrícolas. “Aqui, todo mundo se conhece, porque a gente participa dos mesmos eventos, então acaba sendo um trabalho em equipe, porque a gente sempre se ajuda”, conta.
É a segunda vez que ele vem a Itajaí e já tem seus truques para espantar o frio quando chega a noite, além de confraternizar com os demais produtores acampados no pavilhão – toma chimarrão. A cuia é um item importante em meio aos seus pertences, que inclui uma barraca com capacidade para uma pessoa e um baú de madeira com roupas e objetos pessoais.
"A rotina é puxada", conta o estudante da Escola Agrícola de Camboriú, Giordano Bruno. É a primeira vez que o garoto de 16 anos participa de um evento dessa natureza e, para ele que nem ao menos estava acostumado a conviver com a vida no campo, o desafio é ainda maior. “É um pouco estranho no começo, mas depois acostuma. Como tem galo aqui no pavilhão, às 5 horas da manhã já está todo mundo acordado”, explica o estudante.
A rotina começa cedo no pavilhão, tudo para deixar os animais bem alimentados e o ambiente limpo para a chegada do público assim que os portões do Parque do Agricultor são abertos. E o trabalho não é pouco, adianta o tratador Isac. Cada um dos 12 animais que ele cuida costuma consumir uma média de 6 kg de ração e entre 30 e 40 kg de silo diariamente. Isso sem contar a sujeira que esses bichos de mais de uma tonelada produzem por dia.
Diferentemente de Isac e do restante dos produtores, os cerca de 15 alunos da escola agrícola tem refeitório próprio e alojamento nos fundos do pavilhão para passar a noite. Mas uma coisa é comum entre todos eles: o horário de folga. Eles aproveitam para experimentar os pratos de comida caseira e café colonial da festa, além de conhecerem as atrações montadas no Parque do Agricultor.
A 33ª edição da Festa Nacional do Colono acontece de 23 a 26 de julho em Itajaí e a entrada do público é gratuita. Confira a programação completa dos shows nacionais e atrações no site oficial da festa: clique aqui.