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Projeto propõe sinalização indicativa da presença histórica e atual dos indígenas em SC

Iniciativa foi contemplada na categoria Bolsa de Produção do 15º Salão Nacional de Artes de Itajaí
Data de inclusão: 01/12/2021 16:31

O artista-pesquisador Silfarlem Oliveira instalará, temporariamente, placas de sinalização com dizeres em tupi e macro-jê, dando as boas-vindas ao território Abya Yala e pictogramas com representações gráficas das etnias Kaingang, Laklãnõ/Xokleng e Guarani. A intervenção iniciará por Itajaí, em dezembro, e será aplicada em diversos pontos de Santa Catarina. O projeto “Companhia Descolonizadora”, do artista-pesquisador, foi contemplado na categoria “Bolsa de Produção” do 15º Salão Nacional de Artes de Itajaí e está em desenvolvimento, sob monitoria da equipe curatorial do evento.

De acordo com o artista, a ideia do projeto é deixar explícito, a partir de demarcações visuais descritivas, a presença dos povos originários. Paralelamente, também combater as narrativas coloniais que são propagadas por meio de placas de sinalização que indicam rotas e atrativos turísticos.

A placa de sinalização (intervenção artística) será transportada, montada e posicionada, de forma temporária, junto às paisagens, arquiteturas e outras placas de sinalização (como aquelas que indicam o Vale Europeu).

Abya Yala

Abya Yala é como os povos originários, em contraponto à América (que faz menção ao navegador/explorador/colonizador Américo Vespúcio), autodesignam o continente no qual está localizado as terras de Pindorama (Brasil). Conforme a Enciclopédia latinoamericana Abya Yala, na língua do povo Kuna, significa “Terra madura”, “Terra Viva” ou “Terra em florescimento” e é sinônimo de América. O povo Kuna é originário da Serra Nevada, no norte da Colômbia.

Sobre a Companhia Descolonizadora

A Companhia Descolonizadora atua no ramo das ações, intervenções, conversações e outras deambulações dedicadas ao combate, desmonte e desarme de discursividades e representações coloniais, neocoloniais e suas variantes contemporâneas. Como é o caso do processo de branqueamento iniciado em séculos passados e atualmente solidificado em diversos seguimentos da vida na forma de racismo estrutural. As obras da Companhia Descolonizadora estão ancoradas na primícia de que a história de Abya Yala e de Pindorama, assim como dos povos originários com seus saberes, linguagem, cultura, modos de vida e cosmovisões, não começa em 1500.

Sobre o artista

Silfarlem Oliveira é de Coronel Fabriciano (MG) e atualmente vive e trabalha entre Ourinhos (SP) e Florianópolis (SC). Artista-pesquisador e caixeiro-viajante pela Companhia Descolonizadora, desenvolve projetos, pesquisas e proposições (artísticas/culturais/cotidianas) a partir de estratégias de empréstimo, intervenção e (re)contextualização. Doutor em Processos Artísticos Contemporâneos pela UDESC, integra, como pesquisador, o Grupo Proposições Artísticas Contemporâneas e seus Processos Experimentais.

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