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Museu Histórico de Itajaí recebe mostra em homenagem aos povos indígenas

Ação foi premiada pelo edital Elizabeth Anderle de 2020
Data de inclusão: 16/08/2021 17:50

O Museu Histórico de Itajaí recebe nesta terça-feira (17), a exposição/intervenção “minimonumento” em homenagem e memória à presença dos povos indígenas - guarani, kaingang e xokleng - em Santa Catarina. Silfarlem Oliveira, artista plástico e caixeiro viajante realizará a intervenção em 11 municípios do Estado. Em Itajaí, a intervenção será em espaço público no calçadão da Hercílio Luz, a partir das 10h e a abertura da exposição às 19h. A mostra permanecerá no museu até o dia 17 de outubro.

Durante os meses de agosto, setembro e outubro, o artista plástico e representante da Companhia Descolonizadora Ações e Intervenções visitará onze municípios para realizar o lançamento, inauguração e distribuição de “frascos/minimonumentos” da solução de limpeza corporal anticolonial Água De Colonial Caldas Dos Bororenos. 

Em cada um dos onze municípios, será instalada uma vitrine temporária para abrigar a intervenção artística em forma de “frasco/minimonumento”. Para a instalação da vitrine expositora, estão sendo priorizadas arquiteturas e museus artísticos, culturais e históricos que resguardam arquivos, objetos e outros artefatos que narram a história da colonização (do Brasil Colônia ao Brasil República).

Para o artista, a proposta da intervenção é “Descolonizar os museus e os monumentos (patrimônios culturais/artísticos) e ativar a memória histórica a partir de um ponto de vista indígena”.  Silfarlem ressalta que se faz cada vez mais necessário refletir sobre a colonização: “Nosso objetivo é criar ações artísticas em contraponto as narrativas, monumentos e centenários coloniais que continuam sendo erguidos, mesmo depois do fim da era colonial e neocolonial, sem levar em conta a história dos povos originários”, pondera.

Fórmula da Água De Colonial Caldas Dos Bororenos

A Água De Colonial Caldas Dos Bororenos mescla em sua fórmula revulsiva e desintoxicante substâncias nativas com elementos históricos do passado e do presente. Seu conteúdo ativo existe desde antes de 1500, desde antes da chegada dos europeus ao continente Abya Yala (América). As águas, as plantas e os povos ameríndios que aqui habitavam na era pré-colombiana são a essência desta proposição cosmética/artística anticolonial. As semelhanças com as tradicionais e populares “águas de colônia” não são gratuitas. Foram acrescentados à solução elementos anticoloniais (estéticos-sensoriais-descritivos) que transformam água de colônia em água de colonial (para combater as narrativas coloniais e o desenvolvimentismo predatório ainda operantes nos dias de hoje) e foi batizada com o nome de Caldas Dos Bororenos em homenagem aos povos indígenas que viviam na região da Serra Do Tabuleiro e utilizavam as águas termais do Rio Cubatão.

Sobre o artista

Silfarlem Oliveira, artista propositor e caixeiro viajante, é doutor em Artes Visuais pela UDESC. Artista e pesquisador, pauta suas obras pela aproximação e tensionamento entre arte, cultura e ação política. Também integra, como pesquisador a equipe da Sala De Escuta/Sala De Leitura ligada ao grupo de pesquisa proposições artísticas contemporâneas e seus processos experimentais (UDESC).

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