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Festival de Música promove inclusão social através de oficinas

Deficientes visuais e autistas estão entre o público alvo
Data de inclusão: 02/09/2019 18:50

Além de promover o entretenimento de qualidade com valores acessíveis e trabalhar na formação de plateia de diversos gêneros, o 22º Festival de Música de Itajaí tem também como premissa a profissionalização e qualificação dos músicos. Contando com oficinas mais clássicas, voltadas à instrumentação e vocalização, o Festival se aprimora a cada ano que passa, ofertando agora oficinas inclusivas, direcionadas para deficientes e para educadores.

“Música para Deficientes Visuais” é o tema da oficina da educadora musical Isabel Bertevelli, que oferece subsídios teóricos e práticos para o ensino da música para pessoas com deficiência visual e aspectos gerais da Musicografia Braille. A oficina aborda as adequações necessárias às aulas de música, promovendo uma reflexão sobre possíveis condutas em sala de aula a partir de atividades de musicalização, prática musical e leitura da partitura musical em braille.

A cantora Mari Monteiro, professora da Advir (Associação dos Deficientes Visuais de Itajaí e Região), está participando da oficina de Isabel. “Esta oficina promove uma inclusão extremamente importante. Através de iniciativas como estas, começamos a naturalizar a participação de deficientes visuais no meio musical”, comentou Mari. Ela ainda comemora o fato de ter o privilégio de se qualificar anualmente com as oficinas promovidas pela Festival de Música de Itajaí e passar todas essas informações adiante com sua atuação na cena musical da cidade, como cantora e como professora.

O baterista e percussionista Rodrigo Gudin Paiva compartilha suas experiências com a oficina “Percussão e educação musical para crianças e adolescentes com autismo”. O cronograma prevê atividades de prática musical com instrumentos de percussão em grupo, envolvendo apreciação de peças musicais, exploração sonora, jogos e improvisação, tocar e cantar em grupo, desenvolvimento rítmico, consciência corporal, socialização e relaxamento.

A iniciativa desta oficina veio do projeto que Rodrigo Paiva implementou em 2016, “Percussão e educação musical para crianças e adolescentes com autismo”. O projeto se tornou muito bem sucedido e conta com a parceria da AMA - Associação dos Amigos dos Autistas. Além de Rodrigo Paiva, a oficina conta com o auxílio de integrantes do Grupo de Percussão de Itajaí e da neuropediatra Dra. Cristina Pozzi, que também faz parte do projeto.

“Tanto jovens e crianças que estão no espectro autista como educadores e até mesmo músicos interessados no tema se inscreveram para participar da oficina. Realizamos atividades direcionadas aos autistas e repassamos a metodologia aos professores e músicos que nos acompanham. Estou muito satisfeito com o interesse do pessoal nesta oficina que aborda um tema complexo e bem atual”, comenta Paiva.

As oficinas “Música para Deficientes Visuais” e “Percussão e educação musical para crianças e adolescentes com autismo” acontecem na Casa da Cultura Dide Brandão no período matutino. As atividades encerram no dia 06 de setembro. 

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