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No Dia Mundial do Diabetes, comemorado nesta quarta-feira (14), o Programa de Diabetes da Secretaria de Saúde de Itajaí realizou uma ação de orientação à população no Centro Integrado de Saúde (CIS). O objetivo foi sensibilizar os moradores sobre a doença e dar dicas de hábitos saudáveis para prevenir o diabetes. Mensalmente, o programa atende mais de 1,3 mil pessoas insulinodependentes e fornece mais de 2,3 mil frascos de insulina.

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Durante esta quarta-feira, profissionais de saúde entregaram informativos com orientações sobre alimentação e cuidados com os pés, além de realizarem testes de glicemia, que alertam para algum tipo de anormalidade no índice de açúcar no sangue. Usuários do Programa de Diabetes do município também receberam informações sobre o assunto e um saquinho de chá de insulina vegetal para experimentar.

Após o diagnóstico do diabetes, os pacientes podem fazer tratamento com medicações orais encontradas nas unidades de saúde ou, se forem insulinodependentes, recebem mensalmente insulina, agulhas, seringas e fitas de HGT para tratamento da doença. A coordenadora administrativa, Cleonice Lemos, 41, descobriu o diabetes aos 14 anos e até hoje necessita de insulina para o tratamento uma vez por dia.

Nesta quarta-feira ela buscou os materiais para o mês e recebeu orientações da equipe sobre a data. “Gosto muito do programa, o atendimento é maravilhoso e sempre tem tudo que preciso, além de me orientarem sobre quando necessito consulta médica”, relata Cleonice.

Atendimentos
Assim como a coordenadora, em torno de 2800 usuários estão cadastrados no Programa de Diabetes do município. Por mês são fornecidos em média 1,7 mil frascos de insulina NPH e 600 frascos de insulina regular, bem como 22 mil seringas, 83 mil caixas de fitas de HGT (para medir o índice de glicemia) e em torno de 3 mil agulhas. A Secretaria de Saúde também fornece o aparelho glicosímetro para os usuários. A retirada dos materiais é gratuita e feita mediante apresentação de receita médica.

O que é o diabetes
O diabetes é uma doença que mantém a glicemia elevada na circulação sanguínea. Isso ocorre por incapacidade da ação da insulina ou por ausência de insulina no organismo. Existem vários tipos de diabetes: o tipo 1 é o que se desenvolve quando o pâncreas não libera mais insulina; já o tipo 2 é o mais comum na população e ocorre quando o paciente tem insulina, mas há uma dificuldade na ação dela no organismo.

A médica endocrinologista da Secretaria de Saúde de Itajaí, Roberta Franz, explica que o diabetes é uma doença crônica e esta relacionado ao aumento de complicações em outros órgãos, como os rins, olhos, coração e circulação. Por isto é importante o diagnóstico e tratamento precoces da doença. Para tal, devemos ficar atento aos sintomas do diabetes, que podem ser sede, alteração do apetite, ganho ou perda de peso, cansaço, infecções recorrentes, alterações de visão e, em casos mais graves, até o coma.

Além de observar esses sinais, pacientes com fatores de risco associados devem fazer regularmente o exame de investigação da doença. Os principais fatores de risco são: obesidade, sedentarismo, história familiar de diabetes, história prévia de diabetes gestacional, uso de alguns medicamentos como corticóides e quimioterápicos, etc. Pacientes com comorbidades, como hipertensão ou gordura abdominal elevada, devem ficar atentos à doença.

“Algumas vezes o paciente é assintomático ou não associa os sintomas à doença, e fica anos sem tratar o diabetes. Quando ele descobre a doença, já está tendo suas complicações, que podem ser alteração ou perda de visão, alteração na sensibilidade dos pés (pé diabético), dificuldade de cicatrização, alteração do funcionamento renal, entre outras”, afirma a médica endocrinologista.

De acordo com Roberta, todos os pacientes que possuem fatores de risco ou sintomas do diabetes devem fazer o exame de sangue para verificar o índice de glicemia em jejum. Esse exame pode ser solicitado nas unidades básicas de saúde do município pelo médico da Saúde da Família e é feito gratuitamente através de laboratórios conveniados com o SUS.

“Esse exame pode apontar se há alguma alteração no índice de glicemia, que chamamos de pré-diabetes, ou mesmo a doença. Nessa fase pré-diabetes, o paciente é orientado a adotar alguns cuidados, como perder peso, fazer atividade física, manter uma alimentação saudável, parar de fumar, entre outros que podem normalizar a glicemia sem a necessidade de tratamento medicamentoso”, completa Roberta. 

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Informações adicionais:
Secretaria de Saúde de Itajaí
(47) 3249-5500