A Marejada 2017 aposta no resgate das tradições locais e na valorização dos artistas do município. No segundo andar do Centreventos, um pedacinho de Itajaí se reflete nas obras de cerca de 60 artesãos. São bonecos, chaveiros, toalhas, artigos natalinos, bijuterias, velas aromáticas, porta-retratos, objetos decorativos e até saborosos doces, entre outros itens.
Cada produto exposto na festa é produzido pelas mãos de artesãos que dedicam anos de sua vida à atividade. José Álvaro de Oliveira, 60 anos, é um desses profissionais e faz parte do programa de Apoio ao Empreendedor a Economia Solidária do Capesi (Centro Público de Economia Solidária de Itajaí Idalina Maria Boni). O artesão utiliza materiais recicláveis como cones de linho, fotografia e papel, além da madeira, para fazer sua arte.
“Nasci aqui, sou filho de pescador e acredito que temos que resgatar um pouco das coisas que tivemos no passado. Por isso, só faço trabalhos voltados ao mar, como âncoras, faróis, timões e quadros”, conta Oliveira.
O artesanato para Maria Lucélia Tomio Pereira, 57 anos, também tem um significado especial. Após ficar doente e não poder mais trabalhar, ela começou a se dedicar à arte, inicialmente fazendo roupinhas para pets. “O artesanato me tirou da depressão, porque sempre fui muito ativa. Hoje faço parte da Culturada e estou expondo na Marejada pela primeira vez”, afirma.
A artesã, que adora criar novas peças, relata que vendeu vários trabalhos durante a festa e recebeu até encomendas para o restante do ano. “Estou gostando bastante, fiquei surpresa com as vendas”, pontua.
Marejão em miniatura
Quem quiser levar uma lembrança da Marejada 2017 também encontra peças feitas especialmente para a festa. As artesãs Enir Peres Cardozo e Beth Campos, que fazem parte da Associação de Artesãos de Itajaí, prepararam lembrancinhas do mascote mais querido do evento, o Marejão.
Enir fez imãs, copos e porta recados do personagem. Ela explica que em toda Marejada que participa gosta de levar artigos que tenham a identidade da festa ou da cidade, como galo português, barcos e âncoras. “Eles fazem muito sucesso”, diz.
A artesã Beth Campos comenta ainda que produz os chaveiros do Marejão há oito edições da Marejada. Toda vez que vai expor no evento ela já começa a preparar o bonequinho. “Hoje já sei decor o desenho, sempre faço”.
O espaço dos artesãos fica no mezanino do Centreventos, no segundo andar. No local, também há os espaços do projeto Tamar, da Fundação do Meio Ambiente de
Itajaí (Famai) e da Secretaria de Pesca e Aquicultura.
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Informações adicionais:
Secretaria de Turismo de Itajaí
(47) 3341-6121