A água, que sai fresquinha e cristalina a olho nu, pode conter minúsculos transmissores de doenças, isso porque não é feito nenhum controle sobre sua composição e muito menos existe limpeza ou proteção nesses locais. Acredita-se que hoje, em Itajaí, existam, pelo menos, doze bicas de onde moradores tiram água para consumo e/ ou uso geral. As mais conhecidas são as dos bairros Ressacada, Fazenda, Fazendinha, Parque Atalaia, Cabeçudas e Praia Brava.
Em 2011/2012, o Semasa, em parceria com a Vigilância Sanitária de Itajaí, realizou a análise da água de dozes bicas da cidade e o resultado foi preocupante: todas apresentaram índices de coliformes fecais e/ou totais. De acordo com engenheiros do Semasa, nem mesmo a fervura da água é capaz de combater esse tipo de contaminação, porque o coliforme fecal, por exemplo, é termotolerante, ou seja resiste até mesmo em meio à alta temperatura.
Nesta terça-feira (07/03), uma equipe de saneamento fez a coleta de duas amostras no bairro Ressacada – aos pés do morro do bairro, de onde três mangueiras improvisadas trazem água da nascente. O Diretor de Saneamento do Semasa, engenheiro Nei Locatelli, alerta para alguns vetores que podem trazer riscos de contaminação à água que é coletada por moradores: “Animais que passam pelo local, como cães, gatos e ratos; atos de vandalismo; chuva intensa ou até a visita constante de pessoas e curiosos nos locais”, enfatiza. As duas amostras coletadas serão encaminhadas a um laboratório que fará as análises físico/química e bacteriológica. “Vale salientar que as águas de bicas não são oferecidas pelo Semasa, mas de tempos em tempos realizamos algumas análises, por se tratar de uma questão de saúde pública”, menciona o Engenheiro Químico do Semasa, José Adriano Kielling. O resultado das amostras será divulgado até a próxima segunda-feira (13/03).
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